Repertório da Lua #3




Da infância ao fim dos meus dias terrenos, esta melodia leva-me no galope livre , embevecido da promessa de me manter inteira , indomável no todo que sou.
Esta música não me lembra de ninguém , não me remete a nenhum tempo ou memória especifica , é toda para mim .
É todo um diário do meu espirito que em rebuliço luta por mais do que a mera sobrevivência ou a conformação diária com o que não quero, não aceito , e não levo adiante .
É para a miúda exagerada, que quer dançar apenas se existirem chamas , saborear todas as iguarias, beber todos os copos , explorar todos os territórios , dar mãos e debulhar imensas lágrimas , dar muitos , muitos , abraços e rasgar lábios feridos de ternura de arroubos apaixonados,  envolver-me em acrobacias, atirar-me cega e indiscriminada ao brilho de qualquer aventura.
É banda sonora das viagens sós, da força que a eleva solitária para a companhia de todas as possibilidades.
Esta é para menina ambiciosa  que quer dominar o tempo , capitalizar todos os segundos , usufruir de todos os sentimentos ... e onde o único medo que se atreve a toca-la é o de não viver ao máximo tudo o que pode , enquanto pode.
Não se demovam nem pelo passado nem pelo presente nem pelo futuro.
Estalam os dedos, esse segundo diante dos olhos expectantes, o que vos diz?
Encontrem a vossa música , arquitetem o vosso projeto preferido,

Crescer !

Lá vos encontro.

Bom fim de semana.


The Sundays, Wild Horses






Sarah Moustafa

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