Bandeira Verde



Tenho sempre um nó no estômago quando os céus me amanhecem repetidamente azuis.
Solarengos, calmos e em pacificidade com o tamanho da amainada tempestade.
Tenho sempre um frenesim com esta bandeira verde içada no presente da minha apoteose.
Com o aroma de cravo e canela, o incenso, e odor maravilhoso da mesma vela que arde sem se desgastar.
E o coração que bate calmo mesmo quando acelera, o corpo que cede aos sonhos de aguarela.
Não sei mesmo como se vivem estes dias de Verão na Alma.
Os primeiros de uma estação que nunca me conheceu.
E agora que me apareceu em jeito de desafio, a brincar com as minhas certezas, a querer deitar cor em tudo que escureceu, como faço?
Ponho -me debaixo dos seus raios e rendo-me a fé que não tenho?

E se eles me queimam?

Pior.

E se eles me amam e eu a eles ?






Sarah Moustafa

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